"The hammer of the gods
Will drive our ships to new lands
To fight the horde, singing and crying
Valhalla, I am coming"
Qual é a sua batalha? Qual será o hino que você entoará para motivar a conquistar o objetivo? Qual bebida você irá brindar para celebrar a vitória?
Não podemos lutar por você, mas o hino e a celebração ficam por nossa conta. Em 1970, uma das maiores bandas de todos os tempos entrava em estúdio para gravar o seu terceiro álbum. Estamos falando nada mais e nada menos de Led Zeppelin e do seu emblemático disco: Led III.
A ideia desse disco era de uma sonoridade mais acústica, bem mais calma do que os outros dois lançamentos, com um som mais pesado e recheado de elementos do Blues. Mas antes de trilharem o caminho rumo ao estúdio Headley Grange em Hampshire, Inglaterra, para gravar o álbum, eles foram convidados para uma apresentação em Reykjavik, Islândia. Maravilhados com as paisagens, a neve e, como plano de fundo, o feedback positivo e acolhedor daquele povo, serviu de gatilho para o hino que você entoará durante o caminho de sua batalha. Estamos falando de "Immigrant Song".
O Hino
Com grande conhecimento sobre a mitologia nórdica, Robert Plant (vocalista do Led Zeppelin) encontrou paralelos nas missões vikings da Idade Média com as conquistas da banda nas terras estrangeiras. E com isso, caro leitor, nasce o meu, o seu, o nosso hino de batalha. O que podemos considerar que seja o ponto de vista dos conquistadores vikings, que em vários momentos da Idade Média partiram da Escandinávia em busca de novas terras, velejando e remando seus barcos em direção ao oeste.
A letra é rica em referências aos Vikings, como "The hammer of the gods..." e "To fight the horde, singing and crying Valhalla". O verso final, "So now you'd better stop / And rebuild all your ruins / For peace and trust can win the day / Despite all your losing", conforta os guerreiros, de certa forma, a se recompor valorizando o momento de paz e confiança.
"So now you'd better stop / And rebuild all your ruins / For peace and trust can win the day / Despite of all your losing"
Valhalla, I am coming!
Para os guerreiros, na cultura nórdica, adentrar em Valhalla (Valhöll), que significa: Sala dos Mortos; era questão de grande honra e glória. Na crença nórdica, a morte em batalha era considerada uma das formas mais honrosas de falecimento, sendo que aqueles que perdiam suas vidas dessa maneira eram recompensados com um lugar em Valhalla, onde podiam beber e desfrutar de outras vantagens com os deuses.
Como dizemos lá no início do texto, que o hino e a bebida para celebração de sua vitória seriam por nossa conta, o que podemos sugerir para o seu momento de euforia, de êxtase e de gozo de mais uma conquista, trazemos um rótulo da destilaria Highland Park, o Highland Park 12 - Viking Honour, uma homenagem para celebrar a herança deixada pelos Vikings que passavam por Orkney, quando deixavam as costas da Dinamarca e da Noruega em busca de novas terras.
Orkney, que é formada por 70 ilhas e que faz parte do complexo de Ilhas, as Islands, fica fora das cinco principais regiões produtoras de uísque da Escócia e tem apenas duas destilarias – Speyside tem 50, Highlands tem 33 e até Islay, cobrindo aproximadamente o mesmo número de milhas quadradas que Orkney, tem oito.
O Riff nosso de cada dia
Diga-se de passagem que tal honraria se faz jus, pois o HP 12 (para os íntimos) é um belíssimo uísque. Amadurecido predominantemente em barris de carvalho temperados com xerez europeu e americano, trazendo um arredondamento interessante com bastante sabor. A turfa utilizada tem idade aproximada de 4.000 anos, coletada à mão na região de Hobbister Moor, que fica há 11 km da destilaria. Tal peculiaridade faz com que a queima da turfa ocorra de forma mais lenta, criando um sabor único em seu destilado.
Chegou a hora de desfrutar dos benefícios da vitória. De cor âmbar brilhante, o Highland Park 12 anos se comporta. No Olfato, com notas costeiras, salinidade, notas leves de baunilha, cítrico, levemente frutado. No paladar, podemos encontrar notas de mel, mas bem únicas. Notas frutadas como pêssego, maçã e um enfumaçado interessante que não rouba a cena. No final curto, mas você encontra cereja, mel e turfa bem suave.
Audição final
Acho que faltou no Highland Park 12 Viking Honour um pouco mais do punch que o bumbo de John Bonham, baterista do Led Zeppelin, forneceu para que a melodia ficasse de fato equilibrada. Talvez podemos encontrar isso no Highland Park 15 anos - Viking Heart ou no Highland Park 18 anos - Viking Pride. Mas é uma boa pedida para degustar e apreciar as recompensas que a vida te devolve após uma batalha, seja qual ela for!
E sim, combinação perfeita para harmonizar com o Led III, terceiro álbum de estúdio da lendária banda britânica Led Zeppelin, formada por Jimmy Page nas guitarras, Robert Plant nos vocais, John Paul Jones no baixo e teclado e, por fim, mas não menos importante, a pessoa responsável por trazer a bateria para o lugar de destaque, com uma pegada única o nosso Bonzo, ou mais conhecido John Bonham.
Seguimos adiante, com o remo batendo de forma sincrona, nosso único objetivo, de unir o unverso do Rock com a água da vida, o nosso uísque.
Até o próximo post. Não deixe de nos seguir no Instagram.
Você pode ouvir algumas faixas do "Led III" aqui mesmo, em nosso site, ou acessar toda a nossa playlist no Spotify.
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